MOSCOU, 1 de novembro - RIA Novosti. Os médicos publicaram fotos de uma manifestação atípica do coronavírus: saliências vermelhas e roxas nos dedos das mãos e dos pés dos pacientes. Relatado pelo Huffington Post.
Antes da pandemia, esses inchaços nas pernas e nos braços eram considerados congelamentos. Porém, com o aumento do número de infectados com a infecção do coronavírus, cada vez mais pessoas começaram a se queixar desse sintoma mesmo na estação quente, o que alarmou os médicos.
Os pesquisadores encontraram 12.000 pessoas infectadas com COVID-19 com inchaços nos dedos das mãos e dos pés. Os médicos pediram que fornecessem fotos das manifestações cutâneas da infecção.
Os pacientes entrevistados notaram que inchaços vermelhos e roxos podem doer, mas geralmente não coçam. Quando a erupção cicatriza, as camadas superiores da pele podem descascar.
Os médicos esclareceram que a ligação entre essa inflamação da pele e o coronavírus foi revelada graças a biópsias de pele de crianças com "dedos cobiçosos". Apesar do teste COVID negativo em que passaram, o vírus foi encontrado nas células endoteliais, bem como nas glândulas sudoríparas.
"O dano endotelial pode ser um mecanismo-chave que causa essas lesões", observa um dos especialistas Nino Jesus.
A International League of Dermatological Societies e a American Academy of Dermatology descobriram que "dedos cobiçosos" podem persistir em pacientes por 15 dias, mas às vezes eles aparecem por até 130-150 dias.
Os pesquisadores acrescentaram que tal sintoma pode ser a chave para a detecção do vírus, especialmente em pessoas que carregam COVID-19 sem outros sintomas.